Volta ao Mundo

Volta ao Mundo

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Jordânia - Petra

Petra - "A Cidade Perdida"

Pegamos um vôo de Cairo a Amã, do aeroporto há um ônibus que leva até o centro da cidade por 3,50 DIN. De Amã até Wadi Mussa, que é o nome da cidade onde o parque de Petra de encontra, são 230 km. Como chegamos tarde em Amã não tinha mais ônibus para lá e acabamos tendo de pegar um taxi.

A viagem durou quase 4 horas. Como não tínhamos comido nada pedi ao nosso taxista para que parasse em algum fast food de estrada. Mas ele parou num restaurante de beira de estrada que na hora me assustou, mas ele tinha dito que era um lugar bom e que ele já conhecia e com boa comida e bom preço. Quem tá na chuva é para se molhar! Logo na entrada só vimos homens, lembrando que estamos num país predominante muçulmano e há grande separação entre homens e mulheres. Ficamos preocupados, mas dai ele subiu umas escadas e lá vimos os homens com suas famílias, então percebemos mais uma vez a grande diferença cultural. Não sei se era a fome mas a comida era realmente boa, tanto que comemos 3 frangos inteiros!
Também foi neste lugar que tive a minha primeira experiência com o banheiro turco - um buraco no chão, e nele há um vasilhame ao lado para que você encha de água da torneira que também fica dentro do banheiro e jogue no buraco depois de usar, como se fosse a descarga. Eu não fiz isto pois fiquei com muito nojo.... Mas com o tempo sabia que teria de me acostumar.

A torneira estava atrás da porta.

Mas vamos falar da melhor parte da Jordânia "Petra".

Petra foi construía pelos nabateus que eram de uma tribo antiga árabe que chegaram na Jordânia há mais de 2.200 anos. Logo na entrada do parque você vê alguns blocos esculpidos e algumas tumbas. Mais alguns passos chegamos num paredão de pedra (As-Siq), na verdade um Cânion de 1.200 metros e com uma passagem estreita que fez com que as pessoas não soubessem desta cidade/civilização durante vários anos, e por este motivo ela ficou conhecida como a cidade perdida. Quando você menos espera lá esta o "tesouro" um antigo templo / túmulo esculpido no paredão de pedra de 43 metros de altura por 30 metros de comprimento. Impressionante o tamanho e o formato desta obra prima.

O Tesouro de Petra

Esta muculmana pediu para tirar uma foto conosco, 
será que foi por causa do nosso shortinhos!

Depois de uma breve admiração seguimos em frente pois sabíamos que ainda tínhamos um longo percurso a seguir. Passamos pelo anfiteatro, e mais alguns templos, moradias e tumbas. Todas impressionantes e cada uma com um detalhe em particular pois os nabateus estavam abertos as influências de culturas estrangeiras e acabavam incorporando em sua própria, então é possivel ver traços da cultura grego romana, mesopotâmica e egípcia.


Anfiteatro

Palace Tomb

Palace Tomb - as cores do teto são impressionantes!
                       
Vista do caminho para ir até o Monastério.

Corinthian Tomb - O pontinho branco é o Rê!


Depois de 800 degraus de pura subida e ladeiras chegamos ao outro espetacular cenário.... O Monastério! Fizemos uma pausa para o lanchinho e recuperar o fôlego, pois a subida não foi fácil.

Monastério "Al Deir"

Lanchinho tradicional: pita + pepino + queijo de cabra.

Ficamos dois dias em Petra, no primeiro passamos 7 horas no parque e no segundo mais 3 horas. Isto tudo para poder ver Petra e suas cores pois dependendo da posição do sol você vê ela de uma cor diferente.

Nosso segundo dia!

De Wadi Mussa há mini vans que vão até a cidade de Aquaba que é a ultima cidade da Jordânia e que faz divisa com Israel. O pessoal do hotel Cleopatra nos ajudou com este transfer, aliás eles são super atenciosos. De lá já seguimos para Israel onde passaríamos 9 dias, visitando as cidades de Jerusalém, Belém e Eilat, sem esquecer de dar uma passadinha pelo mar morto.

Seguem algumas informações extras da Jordânia:

1- É possível pegar o visto direto no aeroporto por 20 dinar. Eles não aceitam outra moeda por isso será preciso trocar no aeroporto mesmo um pouco antes da área do visto.

2- Para deixarmos o país pela fronteira com Israel eles cobraram mais uma taxa de 10 dinar por pessoa. Quando perguntei o motivo, mau humorados me responderam que era uma taxa obrigatória como qualquer outra. Educação em pessoa!

3- Os ônibus da JETT saem do bairro de Abdali às 6:30 da manhã e custam 9 dinar. Há mini vans que também fazem o trajeto mas ficam do outro lado da cidade e acabamos não indo até lá por causa do horário.

4- Na entrada do parque de Petra, fique atento pois oferecem cavalos e dizem que está incluso no ticket mas é uma mentira, só vimos as pessoas no final tendo de negociar e acabam pagando. Isto é uma furada total, pois o percurso é pequeno.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Egito - Sharm el Sheikh

O Rê no meio do Mar Vermelho

Descobrimos este paraíso no Egito graças ao blog da Carol do "Vícios de Viagem".

Para chegar em Sharm el Sheikh de Eilat pegamos o ônibus número 15 que nos deixou na fronteira de Israel com o Egito. Para sair de Israel você deve pagar uma taxa de 100 NIS, é como se fosse a taxa do visto, já que quando você entra em Israel paga nada.

De volta ao Egito, desta vez entramos por Taba, uma cidade pequena mas com vários resorts. A distância da fronteira com o terminal de ônibus é de um quilometro, super fácil de ir a pé.


Vista da Praia de Taba


Na rodoviária de Taba ficamos esperando por 4 horas, quero dizer, nós e as moscas. Nossa como elas são abusadas, entram no nariz, ouvido, boca...

Rodoviária de Taba, o pontinho negro no fundo sou eu!


Como podem ver o ônibus era meio caidão, mas andava...rsrsrs. Foram mais 4 horas de viagem para percorrer apenas 230 quilômetros. No Egito é preciso ter paciência.

Nosso ônibus


Já em Sharm el Sheikh tivemos uma grata surpresa, a cidade era limpa, bem organizada e turística, ou seja, eu não precisava andar toda coberta! Totalmente diferente do Cairo.



A praia onde ficava o nosso hotel, não era bem uma praia, e sim um barranco no qual eles colocam um píer e uma escada que já te leva direto no mar profundo pois a suposta "praia" fica nos penhascos com beiras de corais. Já do alto foi possível ver os peixes, nossa quando eu os vi já fiquei louca para mergulhar.... Nunca tinha visto nada igual, nem mesmo em Noronha. Voltamos para o hotel e acabei fechando um curso de mergulho.

Reparem o pier com a escada ao fundo para entrar no mar


Em Sharm há outras praias, visitamos a que o nosso hotel oferecia o transfer. A praia é uma baia do mar, esta sim era de areia e em toda a sua volta há restaurantes e bares e eles disponibilizam colchões a beira mar. Uma delícia!





Foi em Sharm que encontramos os mulçumanos mais tranqüilos e também aproveitando para se refrescarem no mar.



Fiz o meu curso de mergulho scuba em 3 dias, no último dia fiz o checkout e também um mergulho para admirar as belezas do Mar Vermelho. O Rê fez um mergulho a mais do que eu pois ele já tinha a carteira da Padi.

Pronta para o treinamento na piscina

Saída para o Mergulho


Vista do barco das outras praias de Sharm



Seguem dicas e informações adicionais de Sharm.

1- Se você vier por Taba fique atento ao horário do ônibus, já que apenas a companhia Delta faz este trajeto.

2- Os hotéis não são caros, então vale a pena optar por um resort. Nós ficamos no Falcon Hills por €42 por dia e tudo incluso.

3- Não deixe de mergulhar no Mar Vermelho, se não tiver a carteira de mergulhador, pode ser uma boa opção fazer o curso lá.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Egito - Cairo (parte II)

De volta a Cairo, fomos conhecer as outras pirâmides do Egito. A Pirâmide de Saqqara é mais conhecida como pirâmide de degraus, foi construída por Djoser e seu arquiteto Imhotep, que mais tarde foi reconhecido como o primeiro grande arquiteto da história. Dizem que esta foi a primeira pirâmide construída no Egito. Como ela fica bem distante de Cairo (uns 35km) não há como chegar nela sem ser por táxi ou com algum tour. Nós fomos de taxi depois de negociar muito.

Piramide de Degraus de Djoser
 
 


Gostamos mais de Sakara do que de Giza, talvez porquê não há tantos vendedores abordando os turistas, é possível visitar mais tumbas e/ou é mais tranquila. Tanto que aproveitamos para fazer umas palhaçadas! Rsrsrs



Também fizemos um tour pelo bairro Cristão, que fica num lugar muito pobre do Cairo mais conhecido como "Old Cairo" ou "Coptic Cairo", a maioria das igrejas de Cairo são ortodoxas. Quem tiver tempo também pode conferir o Museu Coptico que fica logo ao lado de ruínas do tempo romano babilônico.

Hanging Church (Al Muallaqa)
 
Fortaleza de Babilonia


Depois passamos pelo bairro Islâmico, onde vimos a Citadel, Mesquita de Arm. Depois de um tempo, as mesquitas todas parecem iguais.





Acabamos não indo ao bazar Khan o Khalili para não cair na tentação de comprar. Esta é uma parte difícil de uma viagem de volta ao mundo. Temos vontade de comprar várias coisas para casa, para nós, lembrançinhas, mas infelizmente não temos como carregar tudo isto por um ano.

Seguem algumas dicas e informações do Egito:

1- Sempre negocie antes de fechar qualquer coisa.

2- Se você tiver a carteira internacional de estudante poderá pagar meia entrada nos pontos turísticos. Se não tiver e tiver rostinho de adolescente como nós, pode apresentar a carteira de habilitação que funciona (dica do nosso taxista).

3- Viajar de ônibus pelo Egito é fácil e barato. Usamos duas companhias: a "DeltaBus", os ônibus são velhos e com pouca manutenção; a "GoBus", ônibus mais novos mas também não muitos conservados. Importante, nenhum deles tem banheiro, mas em compensação param a cada uma hora o que faz uma viagem de 270 km durar 5 horas!



Egito - Cairo (parte I)


Egito o tão esperado momento!

Chegamos no Egito por Cairo, o visto é dado no próprio aeroporto por U$15 e dá direito a uma única entrada. Recomendo procurar por um hotel que tenha o transfer gratuito para evitar ser abordado por vários taxistas bem insistentes.

A ida do aeroporto até o hotel já nos mostrou que a cidade do Cairo parece estar em constante guerra, é entulho por todos os lados e muito pó. Para ajudar no dia que chegamos estava tendo um protesto na Praça Tahrir por causa do julgamento de 18 pessoas referente a morte de torcedores no ano passado. O nosso hotel estava a 500 metros desta praça e nosso recepcionista informou que não era um bom dia para passear, sugeriu apenas darmos uma volta para o outro lado e voltar. Enfatizou para nem pensarmos de ir ao Nilo pois lá era onde estavam os rebeldes. Isto já fez com que ficássemos ainda mais nos sentido inseguros neste país tão instável.

Durante nossa caminhada, acabamos conhecendo um senhor muito simpático dono da banca abaixo e que nos apresentou a um outro egípcio que falava português e que se propôs mostrar a cidade e ser o nosso guia. Ficamos super felizes de poder falar em português com alguém e combinamos tudo para o dia seguinte.



Depois de comprar umas frutas, na volta do hotel sentimos um cheiro muito bom de pães e biscoitos. A Pamela não agüentou e comprou um pouco de cada.
 


No dia seguinte, o Hasan (o egípcio que fala português) chegou em nosso hotel com um amigo que tinha um carro para nos levar às pirâmides. Pelo carro já percebemos que seria uma aventura e tanto. O caminho até as pirâmides é longo, pois na verdade elas não ficam em Cairo e sim em Giza, e o trânsito é pior que São Paulo, sem contar o buzinaço. Durante o trajeto aproveitamos para saber um pouco mais sobre a cultura deles. Pessoal realmente os muçulmanos podem casar com 4 mulheres, só que para casar precisam ter dinheiro (isto significa dar o dote para a família da esposa), ter casa e um bom emprego para poder sustentar todas elas, senão não podem casar.



Ficamos encantados quando avistamos as pirâmides. Muitas pessoas acham elas pequenas, mas para nós elas pareceram gigantes. Temos de lembrar que elas foram construídas há mais de 4.000 mil anos atrás. Visitá-las foi mais uma realização de um grande sonho, conhecer de perto a única das 7 maravilhas do mundo antigo ainda existente.





Conversando com o Hasan fizemos algumas perguntas sobre as pirâmides e para nossa surpresa ele não sabia nada! Nós sabíamos mais do que ele. Ele apenas sabia falar português e nos ajudava a se livrar dos outros egípcios que eram muito insistentes e chatos, sempre tentando vender alguma coisa ou algum passeio. Vocês não fazem idéia da amplitude da chatice deles, eles brigam por turista a turista. Como o país esta em crise e sempre tem protestos, os turistas sumiram. Então, a conta é simples, muitos vendedores e poucos turistas, briga na certa.

Estava uns 35 graus e repare na blusa de lã do Hasan.


Na volta de Giza, eles nos deixaram na frente do museu egípcio. A parte mais interessante que achamos foi a área das múmias e de Tutankamon (infelizmente não se pode tirar fotos dentro do museu).
 


O museu fica em frente à praça Tahrir, então não tivemos como evitá-la para voltar ao nosso hotel. Ainda encontramos alguns rebeldes atirando pedras na polícia mas passamos por trás deles e bem rápido.



Não podíamos deixar o Cairo sem passar pelo Rio Nilo.

 
 

Como tudo estava muito agitado por aqui, resolvemos sair antes do previsto. Como o nosso vôo RTW saia de Cairo mesmo, teríamos a chance de voltar e aproveitar mais.



quinta-feira, 28 de março de 2013

Tanzânia

Chegamos na Tanzânia pelo aeroporto internacional de Dar Es Salaam, a saída do aeroporto foi caótica. Tivemos que comprar passagem aérea para Zanzibar já que não tinha mais ferry naquele horário. Dai fomos para o aeroporto doméstico, que fica a 3 minutos de carro de onde estávamos. Se eu achei a saída do aeroporto internacional caótica, o que dizer do aeroporto doméstico.... você tem a impressão de estar na área de despacho de bagagem. Pensa que é moleza? Rsrsrs



Reparem como estava o tempo quando fomos embarcar.

Enfim, tudo isso foi recompensado com a vista de cima da ilha de Zanzibar, uma maravilha de cores e tons que vão do azul ao verde e vice-versa, não tem como explicar.

Dá para acreditar que em 20 minutos de vôo o tempo abriu?

Nosso hotel ficava entre as praias de Uroa e Marumbi. Na praia de Uroa não há faixa de areia por isto o hotel nos leva até a praia de Marumbi, esta é uma linda praia com água transparente. Eu e o Rê acreditamos que havíamos encontrado o paraíso, mas mal sabíamos o que estava por vim. Por ora, seguem duas fotos de Marumbi.





Fizemos o famoso tour de especiarias, fomos até uma fazenda privada chamada Jambo (que significa "oi" na língua suaíle) com plantações de frutas e especiarias. É engraçado como os turistas europeus não conhecem nada de plantas, pois a cada árvore frutífera apresentada era seguido de vários "uau, óóó....", quando o guia perguntava que árvore era aquela com a fruta no pé, não tinham a menor idéia, e nada mais era que um abacateiro rsrsr. A parte mais interessante para nós foi conhecer as especiarias e como elas são extraídas.

Noz moscada

Pimenta do Reino

Vanila

Depois do tour fomos conhecer o centro de Zanzibar, chamado StoneTown, um lugar muito pobre mas com muita história, foi lá um dos grandes mercado de escravos do mundo. A escravidão persistiu em Zanzibar até 1897, quando foi finalmente abolida em parte pela missão cristã britânica e aos apelos do explorador inglês David Livingstone. Atualmente, há um marco que nos faz lembrar deste episódio, construído bem ao lado da igreja Anglicana.





Voltando as praias, já nos dávamos por satisfeitos por ter ficado na praia de Uroa / Marumbi, mas como todos falavam muito de Nungwi decidimos passar uns dia lá. Quando chegamos ficamos de boca aberta..... a cor da água é impressionante!!! E olha que o tempo não estava tão limpo assim.







Da praia de Nungwi fomos de barco até a ilha de Memba para um mergulho de snorkel. Vimos muitos peixes e bem coloridos.









E no final de nossa passagem pela Tanzânia, fomos presenteados com um lindo pôr do sol!



Seguem algumas dicas e informações extras da Tanzânia:

1 - É possível pegar o visto direto no aeroporto de Dar es Salaam, ele custa $50 dólares por pessoa. Outra dica que o vôo de Dar es Salaam para Zanzibar custa 50 dólares e dura cerca de vinte minutos, já o ferry além de custar $40 dólares, demora umas 2 horas para chegar e ainda vc tem que pagar um taxi do aeroporto até o Porto. Não temos idéia do valor do taxi pois não usamos.

2 - Existe várias companhias aéreas pequenas que voam para Zanzibar, o preço varia muito. Indicamos a Zanair, mas precisa barganhar. Eles tentam venda o ticket por $75, mas deve pagar no máximo $50 por pessoa.

3 - A cia Zanair disponibiliza transfer gratuito entre os dois aeroportos. Mas eles não divulgam muito, então tem que ir atrás.

4 - A comida na região custa em torno de 14 dólares por pessoa. E o hotel fica em torno de 50 a 600 dólares. Daí, vai de acordo com seu bolso.